sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A caminho...

"Em tempos assim, quando se olha o amanhecer, e percebo você dormindo tão suave, que me faz querer seguir sempre ao seu lado. Mas ai se escuta o barulho lá fora. E sei que tenho que seguir entre sombras a caminho dos gritos. Talvez eu sobreviva ao caos. E possa em fim, descansar suavemente ao seu lado."

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Aka Kumo 赤雲

Olho para o alto, e só vejo nuvens vermelhas. Olho para os lados e vejo apenas a neblina. Nas pegadas gravadas no solo, não vejo nada. Seguindo um vício sem motivo Rodando pelo mundo Não vejo nada Mais quando olho para o céu, vejo nuvens vermelhas. Devo fazer o que? Dar um tempo do tempo? Ou apenas seguir o vício? Me viciei em andar entre os mortos. Em ter o silencio ao lado. O mundo morre. Se esconde. E eu só vejo nuvens vermelhas.

domingo, 24 de outubro de 2010

Logo, tão logo e além

Você pode sentir o caminhar do tempo
O balançar das flores no jardim.
Você pode perceber o nascer do deserto.
O ir embora do inverno.
Tantas coisas percebidas e despercebidas.
La no longe eu vejo alguém me esperando.
Fique ai, me espere.
Minha alma tem as trevas
Mas meus olhos tem o amor
Caminha ao tempo
Caminhando consigo
Além
Bem além
Tem alguém...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Dançarina

O que vejo pela primeira vez, não é o temor da batalha. Não é o abraçar da morte. E sim uma brisa suave. Que percorrer meu corpo, me arrepiam os cabelos. Entenda, não é fácil descrever. Para quem viveu sorrindo para a morte, enfrentando ela constantemente, é difícil explicar essa sensação. Em um momento estava a correr, espada em punho, gritando ordens, ouvindo gritos de dor. Sentindo o calor do combate. Sua cabeça não pensa, ela para. A reação é espontânea de seu corpo treinado. Seus olhos estão cegos para a realidade brutal de uma batalha. Eu paro um estante, tempo suficiente para ver o que o ódio me impedia. Em meio à brutalidade, em meio ao debater do metal contra metal. Dos gritos, da dor, da raiva e do medo. Ali naquele momento tão repulsivo. Dançava ao vento ou o vento dançava ao seu balançar. Não sei ao certo. Estava algo que nunca havia visto. Uma dançarina. Uma dançarina. Suas vestes eram transparentes, expondo partes sensuais de seu corpo. O rosto estava coberto, somente seus olhos estavam à mostra. A roupa era de um negro meio azulado. Com adereços prateados. Isso fazia com que ao bater da luz da lua, ela se refletia ainda mais. Não dava para ver a cor de seus olhos. Mais sabia que eles ou os seus movimentos, haviam me hipnotizado. Apesar das belas curvas, não foi isso que me deixou assim. E sim seus movimentos suaves, balançantes. Era uma graciosa dança. E parecia que somente eu a enxergava. Todos estavam em batalha, à luta prosseguia. Mais eu estava ali, parado, paralisado por essa dançarina. Que veio do nada. Caminhava dançando, rodopiando, passando pelos corpos jogados ao chão. Flutuando sobre o mar criado pelo sangue. Quem seria? Porque ali? Porque só eu a enxergava? A brisa de mais cedo. Os arrepios. Seriam provocados por ela? Enfim, ela se aproximo. Sem saber o porquê, eu me ajoelhei, olhando para ela, encontrei os seus olhos. E assim como a dança. Assim como o balançar do vento. Sua voz saiu, me arrepiando, me emano a resposta dita tão suavemente. - Venha guerreiro...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vamos Correr!

Vamos correr?
Vamos voar sobre as nuvens.
Vamos correr entre as estrelas.
Vamos agarrar a lua.
Vamos puxar o manto da noite.
Vamos apagar as luzes.
Vamos ver o mundo dormi enquanto corremos em volta do mundo.
Vamos correr?

domingo, 5 de setembro de 2010

Caminho

Fecho meus olhos e posso ver você partir. Cruzar as montanhas pelo caminho estreito. Minha cabeça tenda imaginar para onde você vai. Tendo imaginar que os seus passos gravados no chão, são o caminho da volta. Mais o coração não me engana. Não sei para onde você vai, não sei o que você pensa ou quer. A garganta trava na hora de gritar o seu nome. Isso só pode ser um sonho, um pesadelo sem fim. Por que não me diz para onde você caminha? Não cruze a montanha, minha voz não chegara até lá. Suado, molhado com a frieza do medo. Acordo do sonho. Meu corpo relaxa em fim era só um sonho. A mão tateia pela cama, e encontra o nada. Olho pela janela E lá está você no caminho...

sábado, 4 de setembro de 2010

Metade de mim

É nesses dias de frio que me lembro de nos deitados na cama. Lembro-me do seu corpo enroscado ao meu, seu calor, seu perfume, seus toques delicados em meu peito.
Lembro-me de nossas conversas, do papo animado. Do suave tom da sua voz, sua risada tão perfeita.
Lembro-me da sorte de ter esbarrado em você nos tempos de escola. Da nossa primeira conversa. O primeiro beijo. De quando fizemos amor pela primeira vez.
Lembro-me de tudo.
Porque você foi e é o tudo para mim.
Lembro-me de que tudo era perfeito, que nosso amor era o melhor de todos. Éramos um em um.
Mais é quando cai a chuva que me lembro do seu repousar tranquilo. Da suavidade branca em sua face. Seus olhos fechados, seu corpo frio e distante.
Você se foi, virou uma estrela. Olhando por mim de longe.
Meu mundo em paz se tornou a guerra constante.
Meu sorriso teve um fim, foi levado junto com você assim como tudo que havia de bom.
Hoje sou um nada, um nada em busca da minha luz.
Te levaram para sempre de mim mas...
Seja o homem, o diabo ou Deus...
Irei caçar todos, ate ter de volta essa minha luz.
Espere por mim...